O conhecimento de si mesmo é a mãe de todo conhecimento.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

#soupéssimacomtítulos

Vou contar uma historinha engraçada: Eu fui batizada na Igreja Católica mas ñ tenho nenhuma lembrança de missas ou cultos antes dos meus oito anos, provavelmente meus pais nunca frequentaram Igrejas Católicas. Lembro que em 2001 quando meu irmão nasceu, a gente frequentava uma Igreja evangélica onde ele foi batizado. Lembro que com uns doze ou treze anos, meus pais se separaram e a gente parou de ir à Igreja, mas eu ainda acreditava em Deus. Foi nessa época que eu encontrei no orkut uma comunidade chamada "Fuck your God", e lá vai a criança charopar com um monte de metaleiros beeem mais velhos que eu. Foi interessante pq no começo eles ficavam me zuando e eu chingava eles e zuava também...(isso por meses) até que uma hora a gente começou a discutir sério; eu falava que a fé era uma coisa muito pessoal e que se eles nunca tinham sentido eles não deveriam desrespeitar quem ESCOLHEU acreditar. Falei que assim como a gente (os cristãos)  não podia provar a existência de Deus eles não podiam provar a não existência;  Eles explicaram suas posições sobre Deus, citaram trechos da Bíblia qe eu nem conhecia e eu fui entendendo o lado dos ateus, fui abrindo minha cabeça pra questionamentos que antes me eram absurdos. Lembro qe pouco depois estávamos em 'harmonia' e eu pedi desculpas pelos palavrões e expliquei a minha irritação por causa do nome da comunidade que era muito agressivo. Afinal, era uma exclamação à mim mandando meu Deus se fuder... kkk - Enfim. E isso pra mim foi muito novo e legal. Surgiu um respeito de ambas as partes que é pelo que eu clamo aqui. Um respeito que só é possível quando abrimos nossas cabeças para o novo. Sumi da comunidade quando percebi que não havia mais nada a fazer; Eu não os convenceria e nem eles a mim. Mas eu os entendi e isso foi um avanço. Alguns poucos anos depois comecei a frenquentar uma Igreja evangélica com a minha família e por ironia da vida, a namorar um ateu. E eu pensava: Eu o amo taanto, ele tem um coração tão grande, jamais iria pro inferno. E eu começara a enxergar as tantas contradioções da Bíblia e da religião; As injustiças, o terror nas histórias.. A hipocrisia dos religiosos... O tempo passava e eu ia à Igreja cada vez menos. Logo parei de ir. Dois anos namorando um ateu e eu ainda acreditava em Deus, mesmo com milhões de dúvidas, questionamentos, desiluzões... Mas eu achava que era tudo culpa do ser humano. De algum modo, algum poder foi usado para o surgimento do universo e esse poder não era do Deus inventado pelos homens, era de fato de um ser superior que até hoje insiste em ser misterioso demais pra mim.  Meu namoro acabou e lá estava eu, com medo de confessar o que fazia mais sentido. Com medo de abandonar aquele pensamento comum, que não fazia nenhuma lógica mas era agradável. E eu percebi qe eu já não amava um ser imaginário. Eu tinha medo dele. Eu tinha medo de testá-lo e depois descobrir que era real. Aos poucos eu fui perdendo esse medo, quebrando de vez essas correntes que me prendiam. E um dia, eu me senti ousada demais em concluir que 'Deus não existe' e mais ousada ainda ao sentir alívio em ver que nada me aconteceu; Eu não fui castigada como achava qe aconteceria. Pela primeira vez me senti plenamente livre. Deus não existe e pronto. Se ele existe, a culpa não é minha se não posso mais acreditar nisso e, talvez eu devesse odiá-lo porque até eu, um ser humano sujeito ao mau, que sente ódio, rancor, é injusto e egoísta, não seria capaz de permitir tanto sofrimento de inocentes. Por que ele, o Deus perfeito e todo poderoso do amor e da misericóridia permite isso? Eu não entendo, não aceito e já não tenho mais medo de ser castigada. (percebi qe é com isso que somos mantidos  manipulados).

Só sei que o mundo não precisa de Deus. O Mundo precisa de pessoas que se coloquem no lugar do outro e que mesmo não entendendo suas idéias, aceite-as; Eu aceito porque talvez o próximo precise acreditar em algo além dele pra sobreviver em meio a tanta desgraça. Desgraças que em sua maioria não têm nada a ver com Deus e sim com a ignorância do ser humano.

E posso ter todos os argumentos do mundo, certas pessoas não aceitam a verdade. E quem disse que essa é a verdade? O Mito da Caverna exemplifica bem isso. Sempre haverão pessoas que não vão querer sair da caverna mesmo sabendo que a vida lá fora pode ser melhor. (mas talvez não seja). Como eu disse antes, é uma questão de escolha. Eu defendo muito a liberdade e acho que todos devem escolher o que achar melhor pra si próprio desde que não afete o próximo. Não sou eu  que vou saber o que é melhor pra você, por isso o  respeito é tão importante. Não aceitar as escolhas dos outros só traz aborrecimentos para ambos os lados. Acho que o caminho pela paz é o melhor caminho. As pessoas são diferentes e entender isso é essencial para a convivência em sociedade.  Além do mais, o Universo é grande demais para acharmos que estamos 100% certos.




2 comentários:

  1. "Não há amor e bondade suficientes no mundo, para que ainda se possa oferecê-los a seres imaginários." (Nietzsche)

    Resume o que você disse em parte da postagem.

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    Não acredito em paz mundial, nem em qualquer tipo de paz. Sempre houve guerras e sempre haverá.

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  2. De fato, sempre houve guerras e sempre haverá, mas espero nunca ter de participar delas.

    Paz Mundial é utopia. Mas a minha paz "espiritual" existe, me faz feliz e eu a consigo através da minha forma de pensar e agir. =]

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