O conhecimento de si mesmo é a mãe de todo conhecimento.

domingo, 21 de março de 2010

Justiça nos relacionamentos!

Em um relacionamento amoroso, um homem não deve e nem pode mentir para uma mulher. Já a mulher não deve mentir para um homem, mas ela pode fazer isso.  E onde fica o feminismo nisso? ah é. O feminismo!
O Feminismo pede igualdade, a igualdade pede justiça e a justiça em si, não existe: É pena de morte à quem é acostumado a matar. É castramento à quem é acostumado a estuprar. É sofrimento à quem é acostumado fazer sofrer. Quando um erro é cometido, uma lição tem que ser dada. Quando um erro é persistido, um castigo tem que ser dado; Ainda sim, não há justiça nisso, pois ambos os lados saem perdendo tendo apenas um deles merecido [explicarei melhor em um outro texto]. Enfim chegamos ao merecimento. Então a justiça tem a ver com o que se merece, não é mesmo?
Com base em tudo o que é conhecido da parte de homens e mulheres a respeito de mentiras e traições em relacionamentos, é muito justo que, sendo mais inteligente emocionalmente, uma mulher minta para o parceiro. Pois isso com certeza terá sido necessário para que tudo dê certo em uma continuidade ou fim da relação. Enquanto o homem, sem saber o que quer direito, sofre e faz sofrer. Acostuma-se a errar quando é perdoado e estraga tudo gratuitamente.
Então se for pra alguém sair ferido, que seja ele, claro. ahaha!

 Que as mulheres sejam inteligentes, espertas e previnidas. Amém.



Não é prepotência, é a prática da lição que aprendemos com com eles ;P



Ni putes ni soumises


É revoltante saber que milhões de mulheres não têm direito
a voto, não podem decidir com quem se casar, têm seus corpos
escondidos e severamente controlados pelo pai ou pelo marido..
Que todos os anos milhares morrem de hemorragias e gangrenas ou
ficam com sequelas irreversíveis depois da  mutilação de seus orgãos
sexuais em um ritual comum em vários países (a circunsição).
É revoltante imaginar quão avançados estaríamos se não tivessem
queimado tanta sabedoria junto às "bruxas" na fogueira...
É extremamente revoltante saber que em muitos países, em pleno século XXI, 
metade da humanidade continua a ser oprimida pela outra metade.

O Feminismo é um ideal a favor da igualdade entre homens e mulheres no que diz respeito à direitos e status. Muitas vezes é confundido com o Femismo, sendo este relativo à superioridade do sexo.
Os feministas têm como objetivo combater o machismo predominante na sociedade, combater as diferenciações opressoras que levam à competitividade e rivalidade entre os sexos. Homens não são superiores às mulheres assim como elas não são superiores à eles. Eles têm suas características e papeis diferentes e é irrelevante compará-los, pois um precisa do outro (pelo menos pra reprodução) e se completam. Portanto o preconceito de forma alguma deve ser tolarado.
Talvez sejamos sim o sexo frágil porque na hora de uma briga física, sendo naturalmente muito mais forte, o homem espanca a mulher e na hora de uma briga oral ele vai falar muito mais grosso e alto que ela. Talvez sejamos o sexo frágil pela nossa facilidade em perdoá-los quando erram, pela nossa sensibilidade emocional, por termos o papel de transmitir conforto e afeto aos filhos ou por chorarmos sem vergonha quando sentimos vontade.
Mas quando o "sexo frágil" aqui demonstra a capacidade feminina de conseguir resultados iguais ou até melhores nas "funções masculinas", somos reprimidas até o talo. Não quero dizer que agora queremos trocar pneus e lâmpadas, assistir futebol, pagar as contas; queremos somente a liberdade de poder fazer tudo isso sem ser discriminada. A mulher é capaz de governar um país e pode sim praticar um esporte mais agressivo. Queremos a liberdade do homem como também queremos poder viver uma vida machista, se assim desejarmos.
Segundo um sociólogo francês, "não se nasce mulher. Torna-se mulher": A mulher é uma construção cultural e o modo como ela é vista hoje não se deve à sua fragilidade natural, mas ao machismo herdado de culturas e tradições cuja construção histórica foi baseada em misticismos.
Milhares de meninas em vários países são torturadas em atos culturais violentos ... Por que elas têm que pagar pelo crime de terem nascido mulher?


Fico simplesmente estonteada quando assisto esses filmes de época que retratam a realidade de um passado que não nos é tão distante; A diferenciação da "raça humana feminina" lá em baixo, muuuito inferior à "raça humana masculina" como se a mulher não tivesse sentimentos ou não fosse capaz de pensar.. já nasciam proibidas de ter vontades ou desejos. Hoje em dia, é pela minha indignação à tal arrogância dominante no passado que, assim como qualquer homem, me visto como quero, transo com quem eu quero na hora que quero, faço o que quero independente do que a minha família tradicionalista acha, independente do que meus amigos moralistas pensam, independente do que a sociedade machista determina. Se me chamar de piranha, eu lhes respondo que talvez uma mulher adúltera mereça tal conotação; se falar que sou puta, lhes digo que puta é aquela que vende o próprio corpo pra satisfazer alheios. Mulher! Apenas mulher; Aquela que hoje, nasce livre pra realizar seus desejos e satisfazer a si própria como bem entender.
E exijo respeito porque, embora eu não concorde com as suas ideias, eu as respeito e não imponho as minhas à ninguém.

O feminismo tem o compromisso de por fim à dominação masculina e à estrutura patriarcal. De mudar por exemplo, a média mundial onde no mesmo emprego mulheres ganham 30% a menos que os homens.
Mas não se trata de conquistar espaço no "mundo dos homens" ou mesmo destruí-lo. A visão de mundo das pessoas é que tem que ser mudada. O mundo é de todos.

- Garotas, Mudem seu pensamento conformista. Lutem para combater o tradicionalismo e mobilizem-se contra o que as oprime.

Pela liberdade igualitária dos sexos!

Observações:
- O título desse texto (Nem putas nem submissas) é um slogan de movimento feminista originado em 2002 por francesas de origem árabe que recusaram o véu e as leis machistas que predominam entre populações mulçumanas na França. Em 2003 elas lançaram uma marcha com o mesmo nome onde milhares de mulheres que protestaram contra a violência masculina. Essa marcha partiu de uma cidade onde uma jovem de 19 anos foi queimada viva, vítima de sua vontade de ser livre, de ter o direito de usar minissaia e não se esconder sob um véu. O movimento terminou em Paris no Dia Internacional da Mulher.
- A circuncisão citada no texto consiste na amputação do clitóris da mulher para que ela não sinta prazer durante o ato sexual. A sua prática acarreta sérios riscos de saúde para a mulher. Por vezes, a remoção é feita com instrumentos de corte inapropriados (faca, caco de vidro ou navalha) não esterilizados e raramente com anestesia.


terça-feira, 16 de março de 2010

Apreciando um conto.



Comecei a ler o romance dias antes. Abandonei-o por deveres urgentes (tinha que estudar para os testes). Retomei à leitura quando voltava de ônibus à minha casa, interessava-me lentamente pela trama, pelo desenho dos personagens. Nesse fim de tarde, cheguei em casa e após discutir com a minha mãe que já havia saído com meus irmãos, voltei ao livro na tranquilidade do meu quarto que dava para a janela do vizinho. Deitada de bruços em minha cama com a porta encostada, pus-me a ler os últimos capítulos. Minha memória retinha sem esforço os nomes e as imagens dos protagonistas; a fantasia novelesca absorveu-me quase em seguida. Gozava do prazer de me afastar, linha a linha, daquilo que me rodeava, sentindo ao mesmo tempo que minha cabeça descansava comodamente no travesseiro encostado na parede, que meu suco continuava ao alcance da mão, que além do silêncio, um vento fresco não muito forte com o cheiro do entardecer. Palavra por palavra, absorvida pela trágica desunião dos heróis, deixando-me levar pelas imagens que se formavam e adquiriam cor e movimento, fui testemunha do último encontro em uma praça vazia do bairro. Primeiro estava a moça receosa, agora chegava o jovem amante, a perna ferida por um pequeno acidente de moto. Ela preocupara-se admiravelmente, mas ele recusava a ajuda, não viera para repetir as cerimônias de uma paixão secreta protegida por um mundo de caminhos escondidos e folhas secas. Um punhal ficava morno ao seu peito e debaixo batia a liberdade escondida. Um diálogo envolvente corria pelas páginas como um riacho de serpentes, e eu sentia que tudo estava decidido desde o começo. Mesmo essas carícias que envolviam o corpo do amante, como que desejando retê-lo e dissuadi-lo, comentavam desagradavelmente a figura de um outro corpo que desejavam destruir. Nada fora esquecido: Impedimentos, azares, possíveis erros. A partir dessa hora, cada instante tinha seu emprego minuciosamente atribuído. O reexame cruel mal se interrompia para que a mão de um acariciasse a face do outro. Já havia escurecido. Ligados firmemente à tarefa que os aguardava, separaram-se na esquina. Ela devia subir a rua a esqueda. Do caminho oposto, ele se voltou um instante para vê-la correr com o cabelo solto ao vento. Correu por sua vez, esquivando-se de carros e pessoas até destinguir sobre a fraca luz dos postes, o prédio que o levaria ao apartamento. O porteiro e vizinhos não deviam vê-lo, e não o viram. A família não estaria àquela hora, e não estavam. Subiu os degraus da escadaria e entrou. Pelo sangue galopando em sua cabeça chegavam-lhe as palavras da amada: Primeiro uma sala amarela, depois um corredor e no fim um espelho na parede; Ninguém no banheiro à esquerda, à direita uma porta encostada, e então o punhal na mão, o silêncio, um vento fresco não muito forte, em um travesseiro encostado na parede, a cabeça de uma garota na cama lendo um romance.

[...]

- Paródia que fiz de um conto que eu adoro:
Continuidade dos parques, de Júlio Cortazar.


segunda-feira, 15 de março de 2010

Álvares


"Vivi, amei, bebi, tal como tu; morri.
[...]

Sorris? Eu sou um louco. As utopias, os sonhos da ciência nada valem.
A vida é um escárnio sem sentido; Comédia infame que ensanguenta o lodo."


terça-feira, 2 de março de 2010

Deterioração Mental [2]



Engraçado como é o nosso psicológico; tudo é tão momentâneo... Ora sinto-me super feliz com besteiras, ora quero destruí-las; E aí de repente todas as minhas certezas tornam-se dúvidas.
É como eu tinha dito antes: Quanto mais eu penso na vida, menos tudo faz sentido.
Acho que sentir-se triste ou perdido e ficar refletindo sobre isso acaba trazendo mais sofrimento, por mais que ao fazê-lo estejamos procurando as raízes de tais sentimentos afim de cortá-las ou mesmo querendo apenas desabafar...
Talvez deixar rolar sem questionar e até fingir que está tudo bem, ameniza o sofrimento.

Ainda preciso descobrir se estou dentro ou fora da caverna.